Outubro Rosa: Cuidado que faz a diferença!
Estamos no Outubro Rosa, mês que tem um objetivo essencial, o de discutir e conscientizar sobre a prevenção e o combate ao câncer de mama. Para falar sobre esse assunto, precisamos destacar o quanto é importante que a mulher conheça os detalhes do seu corpo, pois essa é uma das principais formas de se cuidar por inteira.
Segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na Região Norte do país. Diante dessa realidade, reforçar a importância da informação e do cuidado nunca é demais. Se autoconhecer e manter-se informada são dois pontos importantes para a prevenção dessa e de várias outras doenças.
Conhecendo a si mesma é possível identificar sinais, que são os alertas de que algo pode estar errado. Isso contribui para o diagnóstico precoce, proporcionando uma chance maior de cura e um tratamento mais tranquilo.
Informação também é prevenção. Por isso, nosso objetivo com esse texto é informar. Separamos alguns questionamentos comuns sobre a mama e trouxemos respostas.
Todo caroço na mama é sinal de câncer?
Não. Pelo contrário, a maioria dos nódulos de mamas são benignos. No entanto, caso a mulher ou o homem identifique um “caroço” no seio, é necessário procurar um médico, pois mesmo nódulos benignos necessitam de acompanhamento médico.
O que são cistos mamários?
Os cistos mamários são lesões benignas que contêm líquido e podem ter diversos tamanhos. Alguns cistos assemelham-se a pequenas bexigas ou podem ter a consistência um pouco mais firme.
Em sua maioria, os cistos não necessitam de nenhuma intervenção: podem sumir ou diminuir após a menstruação ou podem permanecer, ou aumentar, sem causar problemas à saúde.
Quando os cistos mamários causam dor ou desconforto, podem ser puncionados (esvaziados através de uma agulha) no procedimento de punção aspirativa.
Quais exames de mama devem ser realizados?
Os principais exames por imagem da mama são: Mamografia, Tomossíntese.
Ultrassonografia e Ressonância Magnética Mamária.
É recomendado que o autoexame também seja realizado regularmente, com o intuito de conhecer melhor suas mamas. Além disso, as consultas ao Ginecologista e Mastologista são indispensáveis.
A Mamografia é indicada a partir dos 40 anos, anualmente, para todas as mulheres com risco habitual (igual ao da população geral), mesmo na ausência de sintomas. Na mamografia é possível identificar lesões mínimas, que estão no limite da visibilidade.
É o principal exame na detecção do câncer de mama, com múltiplos estudos realizados ao redor do mundo, demonstrando sua eficácia na redução da taxa de mortalidade por esta doença.
A Tomossíntese, também chamada mamografia 3D, é uma evolução da mamografia digital. Ela permite avaliar a mama em “fatias” de 1 mm, fornecendo até 200 ou mais imagens das mamas, permitindo diferenciar o que é tecido mamário normal e o que é lesão real, aumentando a chance de diagnóstico e diminuindo a necessidade de repetir imagens.
A Ultrassonografia, para as mulheres jovens, com menos de 40 anos, gestantes ou amamentando, é indicada como o primeiro exame por imagem, após o exame clínico, feito por seu médico.
Para mulheres acima de 40 anos, é o exame complementar mais realizado quando as mamas são densas na mamografia; quando existe um nódulo na mamografia (para saber se ele é sólido ou contém líquido) e para ajudar na avaliação de achados clínicos inconclusivos. A ultrassonografia é um importante exame parceiro da mamografia, não devendo ser realizada isoladamente, sem a mamografia, após os 40 anos de idade.
A Ressonância Magnética apresenta recomendações específicas, como rastreamento para pacientes de alto risco para o câncer de mama; para a avaliação da extensão da lesão para mulheres com câncer de mama já diagnosticado; para avaliação da integridade das próteses mamárias; para avaliação da resposta em mulheres em tratamento para câncer de mama, antes da cirurgia e outras situações personalizadas.
Qual a diferença entre Mamografia Diagnóstica e Mamografia de Rastreamento?
A Mamografia Diagnóstica visa investigar lesões e alterações suspeitas na mama, em pacientes que apresentem sintomas ou estão fazendo exames de rotina. Ela pode ser solicitada até antes da idade recomendada, se a lesão for suspeita durante a palpação ou no Ultrassom.
Já a Mamografia de Rastreamento, é feita periodicamente e busca encontrar o câncer logo no início, com o intuito de reduzir a taxa de mortalidade por câncer de mama e proporcionar tratamento menos agressivo e melhor qualidade de vida. É feita quando a paciente não tem sintomas. Ela deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos de idade até quando a mulher tiver boa expectativa de vida. Para mulheres de alto risco, outros métodos de imagem e outra periodicidade são recomendados.
Quando a paciente é considerada de alto risco?
É considerada paciente de alto risco a pessoa que tem mais de um parente de primeiro grau que teve câncer de mama antes da menopausa, que tem mutação em genes que aumentam o risco de câncer de mama ou quando realizou radioterapia no tórax (por ter tido linfoma, por exemplo), entre os 10 e 30 anos de idade, Mulheres que já fizeram biópsia de mama com diagnóstico de lesão precursora de câncer de mama, ou que já tiveram a doença.
Para mulheres de alto risco, está indicada também a ressonância magnética para rastreamento anual, em combinação com a mamografia.
Esperamos que as informações acima auxiliem no combate ao câncer de mama. A Mama Imagem, além de já reforçar diariamente a importância do cuidado com um olhar minucioso, também irá reforçar, durante este mês, a importância de cada paciente olhar para si e se autoconhecer, pois acreditamos que o cuidado está em cada detalhe e faz toda diferença. Conte conosco para cuidar da sua saúde de maneira acolhedora, com olhar atento aos detalhes e resolução em diagnóstico.